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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sociedade Filhos de Santo Antônio vai sortear atabaques na Festa de Yemanjá

A Sociedade Filhos de Santo Antônio, entidade vinculada ao Terreiro Ogun Megê, zelado pelo babalorixá Benício Souza, atual presidente da ACYO(Associação Cultural Yemanjá Ogunté), sorteará no próximo domingo, durante a festa de Yemanjá, um conjunto de atabaques para casas de candomblé. Poderão participar do sorteio os terreiros que se inscreverem e participarem dos festejos em homenagem à Deusa das Águas em Cachoeira. Os intrumentos sagrados presentes nos mais imortantes cultos ritualisticos das religiões de matriz africanas foram confeccionados por alunos do curso de confcção de atabques e barricas artesanais oferecido no ano passado pela Sociedade Filhos de Santo Antônio em parceria com a Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Agora, entenda a importância dos atabaques para o povo de santo:

“O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Abre canais de comunicação que facilitam o tratamento. Além de atingir os movimentos mais primitivos, a música actua como elemento ordenador, que organiza a pessoa internamente”

O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura.
Os Atabaques, são os principais instrumentos da música do Candomblé, cuja execução é da responsabilidade dos Ogãs.
São de origem africana, usados em quase todos rituais, típicos do Candomblé. De uso tradicional na música ritual e religiosa, são utilizados para convocar os Orixás.
O Atabaque maior tem o nome de Rum, o segundo tem o nome de Rumpi e o menor tem o nome de Le.
Os atabaques no candomblé são objectos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim.
As membranas dos atabaques são feitas com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás: independente da cerimónia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados (o couro que veio da loja geralmente é descartado), só depois de passar pelos rituais é que poderão ser usados no terreiro.
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo Rum (o atabaque maior), e pelos Ogãs nos atabaques menores sob o seu comando.
É o Alagbê que começa o toque, e é através do seu desempenho no Rum que o Orixá vai executar a sua coreografia de dança, sempre acompanhando o floreio do Rum.

O Rum é que comanda o Rumpi e o Le.
O Agogô, tocado para marcar o Candomblé, também de tradição Alaketo, chama-se Gan. As Varetas usadas para tocar o Candomblé nos Atabaques, chamam-se Aguidavis. Também se utiliza ainda o Xequerê.

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