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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PMDB da Bahia suspende o prefeito de Salvador e abre caminho para expulsão

A situação do prefeito João Henrique dentro do PMDB tornou-se insustentável e sua saída da legenda é tida como certa. Só não se sabe qual processo será o mais rápido, se sua desfiliação ou expulsão. Na segunda-feira, 17, a Comissão de Ética do partido aprovou o pedido de suspensão de sua filiação por medida cautelar, e vai analisar nos próximos 90 dias sua expulsão da legenda. Por outro lado, o próprio João Henrique anunciou que entra nesta terça, 18, com um pedido de autorização no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para deixar o partido.

Em qualquer um dos casos, o PMDB irá reivindicar na Justiça o mandato do prefeito, informou o presidente estadual, Lúcio Vieira Lima. “Caso o processo de expulsão dure mais de 90 dias, a suspensão será renovada e ele continuará suspenso”, resumiu Lima.
Ele informou que antes disso, o prefeito será notificado, apresentará defesa e vai depor na Comissão de Ética. Lúcio adianta que os motivos são o comportamento ético do prefeito, a falta de apoio ao PMDB e o fato de ele não ter colocado em prática o que pensa o partido. “É uma mancha na carreira política do prefeito da 3ª capital do país ter um pedido de desfiliação feito por um partido como o PMDB”, completou.
O cacique da legenda, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, definiu como “insustentável” a situação de João Henrique no PMDB. “Ele buscou o isolamento político. Ninguém tem confiança na capacidade de gestão do prefeito, que transformou a Prefeitura de Salvador em um gueto pessoal”, disse.
Segundo Geddel, João Henrique descumpriu o estatuto interno do partido e agiu de forma desvinculada com o PMDB. “Ele voltou as costas para o partido que o acolheu e voltou a ser do jeito que era no final do primeiro mandato, antes da entrada do PMDB na administração municipal, quando ele registrava uma rejeição de mais de 60%”, disse Geddel, que há uma semana postou um comentário em sua página no microblog Twitter onde chamou Jõão Henrique de “menino maluquinho” e a prefeitura de “manicômio”.
Foram as “declarações ofensivas por parte de membros da direção estadual do PMDB” que motivaram a decisão do prefeito de ingressar no TRE com o pedido de autorização para deixar o partido, de acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do prefeito na noite de segunda.
“A solicitação atende ao trâmite legal da Justiça Eleitoral e se baseia no fato de que a direção estadual do PMDB tornou inviável a permanência dele nos quadros do partido, já que as críticas feitas nos últimos dias pelo presidente Lúcio Vieira Lima e pelo deputado Geddel Vieira Lima apresentaram caráter nitidamente pessoal e ofensivo”, diz o texto.

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