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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"As Cachoeiranas" levanta polêmica entre Cachoeiranos.


 
TEXTO: Edgar Abbehusen

A cidade da Cachoeira sempre foi destaque no Brasil inteiro. Tudo isso devido a sua importante participação na independencia da Bahia, seus prédios históricos, sua ampla divulgação e inspiração de poetas como Damário da Cruz e compositores como Caetano Veloso.

De repente, Cachoeira foi invadida por jovens universitários, e junto com os jovens veio a complexa conjuntura do passado e do futuro, tornando o presente de Cachoeira mais vivo, alegre e dinâmico. A cidade que sempre teve no sangue do seu povo traços da revolução, herança da guerreira Mária Quitéria, ganhou ares de desenvolvimento social, e, também através de uma administração pública inteligente, passou a usar o IPAC e o IPHAN ao seu favor.

Nas ultimas semanas, Cachoeira entrou mais uma vez nos meios de comunicação, o mais poderoso de todos os tempos, a internet. De uma forma descontraida e mostrando a verdadeira cara de Cachoeira, sem os excessivos bordões que os grandes roteiros induzem, alunos do curso de Cinema da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) levaram para o YOUTUBE a sátira da série Global, "As Cariocas", denominada aqui "As Cachoeiranas".

Brilhante. Extraordinário. Inovador.

Pelo menos deveria ser assim a devolutiva esperada pelos idealizadores dos videos. Juntando todas as visualizações dos seis episódios já postados, "As Cachoeiranas" já foi visto por pouco mais de 50 mil pessoas, no Brasil e no mundo inteiro. Comentários favoraveis de diversas partes do país aclamam a série com levesa, cuidado e respeito pelo trabalho, que já se denomina "sátira", "brincadeira", por si só.

Algumas pessoas, certamentes cachoeiranos perdidos no tempo de D. Pedro I, estão levando a brincadeira a sério demais. Assim como no Rio de Janeiro, onde mulheres acusam a Globo de demonstrar em "As Cariocas" o lado "descarado" das mulheres, "As Cachoeiranas" estão levando o troféu do "avacalhamento" da cidade heroíca.

Avacalhar? Não. Do que alguns podem não estar gostando? Da macumba? Das mulheres representadas extremamente exageradas? Dos nomes pitorescos das ruas que servem de cenário para as filmagens? Das imagens da cidade que aparecem como introdução em todos os episódios? Então vocês precisam se mudar da cidade, por que devem se sentir avacalhados todos os dias. A cada rua, a cada gesto do seu povo heroíco.

Esperamos que os idealizadores do projeto não se deixem abater diante dos comentários proferidos por mentes fechadas ao que é inovador, explorador e principalmente, que continuem proporcionando ao recôncavo a demonstração do seu povo na sua essencia, no seu natural e no seu intimo.

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