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sábado, 3 de abril de 2010

Queimação de Judas é ritual tradicional na festa do interior


A tradicional brincadeira da queimação do Judas no Sábado de Aleluia é mantida por moradores de Cachoeira (a 110 km de Salvador). A festa mais antiga na cidade acontece há quase um século, no bairro dos Currais Velhos. Como manda a tradição, o boneco que simboliza Judas, o discípulo que traiu Jesus Cristo, após a Santa Ceia, será queimado à meia-noite em ponto, após apresentação de bandas e de grupos populares.

Para manter a tradição, o carpinteiro Jair Souza de Freitas, de 38 anos, semanas antes da festa, deixa os seus afazeres para se dedicar exclusivamente à confecção dos bonecos, que serão malhados também em outros bairros e na zona rural. Jair é, atualmente, o único artesão que se dedica à confecção de Judas em Cachoeira. Arte que aprendeu ainda na adolescência, “por curiosidade”, como ele mesmo conta.

Morador do bairro dos Currais Velhos e influenciado pela animação dos vizinhos, não demorou para o carpinteiro assumir a função de confeccionar os bonecos simbolizando Judas para não deixar a tradição morrer. O corpo de cada boneco é recheado em média com três quilos de fogos. Jair só confecciona Judas por encomenda, e os preços variam de R$ 350 até R$ 650.

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