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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hino ao 2 de Julho agora é hino o oficial do Estado da Bahia

Na manhã desta terça-feira (20), justiça foi feita à Bahia e aos baianos. É que o Governador do Estado sancionou, após hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e da Cidade do Salvador, em frente à Governadoria, no CAB, a lei que estabelece o Hino ao 2 de Julho como hino oficial da Bahia e a lei que cria a Ordem Dois de Julho Libertadores da Bahia.

Sobre a Ordem, o governador Jaques Wagner (PT) explicou que esta é uma forma de homenagear a consolidação da Independência do Brasil na Bahia e será conferida àqueles que tenham contribuído para garantir as liberdades públicas e afirmar a soberania nacional. Já a respeito da oficialização do hino pela Assembléia Legislativa, Wagner disse que esta foi uma ação necessária ao reconhecimento daqueles que lutaram pela independência do Estado, que nunca teve um hino oficial.

“Não há homenagem melhor aos heróis da independência do Brasil e da Bahia, porque gosto de dizer que não há independência do Brasil antes do 2 de Julho. Havia proclamação. A independência se consolida quando, finalmente, as tropas portuguesas fiéis à Coroa Portuguesa são colocadas daqui pra fora pelos heróis do 2 de Julho, que são os negros, índios, portugueses, brasileiros e mestiços que lutaram para nos incorporar ao Grito do Ipiranga” disse o governador.

Para o deputado estadual, Zé Neto (PT), esta oficialização é um relevo à força do povo desta terra. “A letra deste hino é a representação de um momento que, incontestavelmente, marcou e deu outros rumos à história do país. Ter em mente este hino é ter em mente os nossos valores. Viva a Bahia!”, declarou.

Durante a solenidade, uma verdadeira revisão de história, que reuniu Secretários e servidores do Estado, estudantes e empresários, o governador destacou a adesão, em junho de 1882, pela Câmara de Vereadores de Cachoeira, do movimento da independência brasileira. “Foi no Recôncavo baiano que a efetiva independência do Brasil foi conquistada. Não podíamos fazer melhor homenagem, além da que a gente vem fazendo há dois anos, transferindo a capital da Bahia, em 25 de junho, para Cachoeira”, ponderou.

Wagner recordou, também, o último momento de interrupção da democracia plena no país, dado de 1964 com o Golpe Militar, discorrendo sobre a importância do diálogo e sobre o mérito de se ter respeito e paixão pela liberdade e conhecimento das maneiras de inspiração desse desejo, tais como o Hino ao 2 de Julho. Sobre a importância de sua letra, o chefe do executivo estadual disse que ela é a expressão da identidade dos baianos e brasileiros, quando diz que “com tiranos não combinam brasileiros corações”.

Para finalizar, o governador disse que, precisamos cultuar nossa paixão pela liberdade e independência, sem as quais, segundo ele, não somos capazes de consolidar a democracia. “Precisamos regar muito a semente da democracia”, aconselhou.

Presentes – Além de representantes do Mandato do deputado estadual Zé Neto (PT) e do governador Jaques Wagner, estiveram presentes os secretários Osvaldo Barreto (Educação) e Márcio Meirelles (Cultura); a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT); o coronel da PM, Expedito Manoel de Souza; além de alunos das Escolas Estaduais Bolívar Santana e Raphael Serravalle, com destaque para a aluna desta última unidade de ensino, Lorena Miranda, que hasteou a Bandeira de Salvador.

Hino ao 2 de Julho – de autoria de José dos Santos Barreto e Ladislau dos Santos Titara, este é um poema à Independência da Bahia, fazendo alusão ao 2 de Julho de 1823, quando a Bahia foi libertada do domínio português. Sobre esta data, de acordo com o secretário de Educação, Osvaldo Barreto, existe um Projeto de Lei no Congresso para que ela seja inserida no calendário nacional.

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