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segunda-feira, 29 de março de 2010

Cachoeira recebe visita ilustre, Delegado Deraldo Damasceno.

Neste domingo, 28 de Março de 2010, a cidade de Cachoeira, interior da Bahia, recebeu a visita ilustre de Dr. Deraldo Damasceno, Delegado Titular da 5ª Delegacia de Salvador-BA.




Como já dizia o ditado: " O bom filho a casa retorna ".
Ele visitou alguns bairros e recebeu o carinho dos moradores. Em especial dos moradores do bairro do Caquende, onde ele morou na sua infância e pôde rever alguns colegas e vizinhos, apreciando a mudança que passou o bairro onde ele também estudou. Chegou a sentir falta da mangueira que foi cortada e da casa onde residiu que não está mais de pé.




Dr. Deraldo Damasceno, Delegado de caráter inquestionável, batalhador, tentando manter a ordem na capital, sendo responsável pela 5ª Delegacia de Polícia. Homem que utiliza as suas abordagens para tentar fazer com que os jovens retornem a sociedade de maneira justa, entra na casa das pessoas, conversa com as famílias, tentando manter a ordem e fazer com que erros não continuem a acontecer. Acompanho todos os dias seu trabalho no programa "Se Liga Bocão" da Rede Record da Bahia. Continue assim Delegado.
Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e cumprimentá-lo. Humilde cumprimentava todos que iam ao seu encontro mesmo em baixo de uma forte chuva.

Segue algumas fotos tiradas com moradores do bairro do Caquende.






Zoólogo nada com leoa de 185 kg na África do Sul

Amizade entre homem e animal foi tema de aula de veterinário.
Kevin Richardson simulou ataque com Meg.

O veterinário e zoólogo Kevin Richardson estuda o comportamento animal há anos. Seu último objeto de estudo é um grupo de leões. No entanto, ele se apaixonou por Meg, uma leoa de 185 kg com quem prova ter muita afinidade.

Durante uma aula no Rio Crocodilo, nas montanhas de Magaliesburg, em Johanesburgo, África do Sul, o zoólogo demonstrou para seus alunos como consegue dominar os animais da maneira mais amigável possível. Richardson chegou a nadar com Meg.



Kevin Richardson e Meg posam durante brincadeira em Johanesburgo, na África do Sul (Foto: Barcroft Media/Getty Images)



Kevin Richardson se deixa morder pela leoa Meg durante brincadeira (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

Ricardo Eletro se une a Insinuante e formam a 2ª maior rede de lojas do Brasil que deve faturar R$ 5 Bilhões anuais.

Nova gigante varejista quer dobrar fatia de mercado.

Operação entre Ricardo Eletro e Insinuante cria gigante do setor.
Objetivo é ter 15% do mercado nacional em dois anos.

As varejistas Ricardo Eletro e Insinuante anunciaram a fusão das duas empresas nesta segunda-feira (29) como estratégia das duas redes de unir sua experiência de liderança em mercados regionais – em Minas Gerais e no Nordeste, respectivamente – para unir forças e fazer frente à gigante formada por Pão de Açúcar e Casas Bahia em 2009. Com a fusão, a nova empresa espera passar, em dois anos, dois atuais 8% do mercado nacional para 15%.

"A partir desse modelo de negócio ( o da fusão do Pão de Açúcar com a Casas Bahia), surgiu a ideia de ligar para o Luiz (Batista, da Insinuante) e falei: surgiu um caminho para que a gente possa continuar o nosso sonho. Acho que nós temos condição de fazer o mesmo que eles estão fazendo, mas do nosso tamanho", diz.

Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, e Luiz Carlos Batista, da Insinuante, que falaram sobre a operação em evento em um hotel em São Paulo, destacaram como principais vantagens da união o fato de as redes serem especializadas em regiões diferentes, e serem muito similares em tamanho. Além disso, as duas estão entrando no negócio sem dívidas e com reservas de caixa.

“A grande vantagem é que quase não temos sobreposição de lojas. Isso só acontece no estado da Bahia, onde a Insinuante tem 80 e a Ricardo tem 60 lojas. Mas não devemos fechar nenhuma loja”, disse Ricardo. Com relação à Bahia, os executivos apontaram que o mercado do estado comporta as duas varejistas.

O objetivo da Máquina de Vendas, como foi batizada a nova holding, é crescer das atuais 528 lojas para mil pontos de venda em 2014. A estimativa é que o negócio gere um ganho com sinergias de cerca de 3% - aproximadamente R$ 150 milhões. O número de funcionários também deve dobrar, de 15 mil para 30 mil.

Os empresários não divulgaram o valor da operação que, segundo eles, foi feita a partir da troca de ativos e passivos das companhias.

De acordo com Batista, não houve desembolso por parte das empresas e a intenção é que o crescimento da nova rede aconteça por meio de fusões, aquisições e associações com outros grupos. “Estamos muito abertos para associações e fusões, de modo que não dependamos tanto de capital externo”, disse ele.

O executivo da Insinuante , a nova empresa deve investir R$ 50 milhões na criação de até 50 lojas em 2010, sendo que cerca de 30 delas deverão ser criadas no Rio de Janeiro, com a bandeira Ricardo Eletro. A rede planeja entrar no mercado na cidade de São Paulo em cerca de um ano e meio, segundo Nunes.

O controle da holding será compartilhado, sendo que cada uma das redes atuais possuirá 50% de participação. Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, será presidente da nova companhia, enquanto Luiz Carlos Batista, da Insinuante, ficará a frente do conselho executivo da holding.

A partir de agora, a holding estará presente nos estados de Minas Gerais, Espírito santo, Goiás, Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal e do interior de São Paulo.

Negociação

A ideia da união, segundo os executivos, surgiu depois do anuncio da união do Pão de Açúcar com as Casas Bahia, em dezembro do ano passado. De acordo com Nunes, o anúncio chamou a atenção para uma nova oportunidade de negócio, e fez com ele ligasse para Batista em janeiro para propor o negócio. Desde então, os dois estiveram “morando juntos” em um apart hotel no Itaim Bibi, em São Paulo, para negociar todos os detalhes da operação.

“Desde janeiro, estamos comendo e bebendo essa operação”, diz Nunes.

A negociação, segundo as empresas, tem como objetivo atender o crescimento do consumo das famílias brasileiras, em especial das classe C e D. A marca Insinuante será a bandeira predominante nas regiões no Nordeste e Norte do país, enquato a Ricardo Eletro será utilizada no Centro-Oeste e no Sudeste.

A união acontece alguns meses após o grupo Pão de Açúcar, líder no varejo do país, ter fechado acordo de compra das Casas Bahia, criando uma rede com pouco mais de mil lojas.

A Ricardo Eletro foi fundada em 1989 e tem cerca de 260 lojas nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito Federal, entre lojas de rua, de shopping e megastore. A companhia tem cinco centros de distribuição.

Enquanto isso, a Insinuante começou a operar em 1959 e atualmente possui aproximadamente 220 lojas, em todos estados do Nordeste mais Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ruína desaba e destrói loja de motos


Parte do telhado e paredes laterais de um sobrado antigo, em ruínas há vários anos, desabaram ontem atingindo uma loja de revenda de motos. O imóvel localizado na Avenida J. J. Seabra- Rua da Feira, já apresentava uma ameaça devido às péssimas condições de conservação. Os escombros caíram sobre diversas motocicletas que encontravam-se expostas dentro da loja , provocando grande prejuízo para o proprietário do comércio. Na mesma rua, outros imóveis em iguais condições ao sobrado que ruiu, também apresentam risco de desabamento. Apesar de o Programa Monumenta disponibilizar uma linha de financiamento exclusivo para a restauração de imóveis particulares em Cachoeira, nem todos os donos de casas antigas se habilitaram para obter o crédito. Muitos imóveis particulares já foram restaurados em Cachoeira, por meio do financiamento do Programa Monumento. Contudo, uma parte significativa de prédios com valor histórico pertecem a pessoas ou famílias sem condições financeiras para realizar obras de restauração e manutenção destes patrimônios que pouco a pouco vão desaparecendo da paisagem urbana da cidade Monumento Nacional.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Após condenação, Nardoni e Jatobá choram

Durante a leitura da sentença de condenação, Alexandre Nardoni, pai da garota Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, choraram.

Nardoni baixou a cabeça, secou os olhos e o nariz e manteve a postura de derrota.

Jatobá ficou com a cabeça encostada na parede. Abaixou a cabeça no final da sentença e chorou.

O pai de Alexandre, Antonio Nardoni, e o pai de Anna Jatobá, Alexandre Jatobá, acompanharam da primeira fila do plenário a leitura da sentença que condenou seus filhos.

Antonio Nardoni ficou abraçado à filha Cristiane. (Luciana Bonadio, com informações da TV Globo)

Casal Nardoni é condenado pela morte de Isabella



O casal Nardoni foi condenado pela morte de Isabella, ocorrida em março de 2008.

A sentença foi anunciada no começo da madrugada deste sábado (27) pelo juiz Maurício Fossen. Os dois terão de cumprir a pena em regime fechado.

Para o juiz, houve frieza emocional do casal, que atacou a vítima de forma covarde.

Alexandre Nardoni irá cumprir 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão e Anna Carolina Jatobá, a 26 anos e 8 meses de reclusão.

Os dois foram condenados também a 8 meses de detenção cada um pela acusação de fraude processual.

A prisão preventiva foi determinada para manter a ordem pública até novo julgamento.

Após a leitura do veredicto do júri que condenou o casal, as pessoas em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, festejaram soltando fogos de artifício. (Por G1/Foto: Daigo Oliva/G1)



Cerca de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, aguardavam a leitura da decisão, realizada pelo juiz Maurício Fossen, no Fórum de Santana, na Zona Norte.

UFRB ABRE CONCURSO

Valor total da inscrição, para todas as classes relativas ao cargo deste concurso, é de R$ 90,00 (noventa reais). As inscrições podem ser realizadas no Centro ao qual estiver vinculada a matéria/área de conhecimento em que o candidato irá se inscrever. São 81 vagas. Em 4 vagas exige-se apenas graduação, em 42 delas, exige-se Mestrado, e no restante, Doutorado. O edital completo e maiores informações estão no site www.ufrb.edu.br/concursos.

Veja as matérias/Áreas de Conhecimento:

São 14 vagas para o CAHL (Cachoeira) - requisitos específicos:

1. Teoria Museológica - Mestrado;
2. História da Arte, Graduação na Área de Ciências Humanas ou na Área de Ciências Sociais ou na Área de Ciências Sociais Aplicadas ou na Área de Artes ou em Arquitetura - Mestrado em História da Arte ou em História ou Artes Visuais ou Áreas afins à matéria;
3. Pesquisa Social e Serviço Social, graduação em Serviço Social - Mestrado em Serviço Social ou áreas afins;
4. Serviço Social e Estágio Supervisionado, graduação em Serviço Social - Mestrado em Serviço Social ou áreas afins;
5. História da América, graduação em História - Doutorado em História;
6. Teorias das Políticas Públicas - Doutorado em Ciência Política ou Áreas Afins;
7. Desenvolvimento, Associativismo e Capital Social - Doutorado em Administração,
Ciências Sociais, Economia, Serviço Social ou Áreas Afins;
8. Orçamento e Administração Pública - Doutorado em Administração, Ciências Sociais, Economia, Serviço Social ou Áreas Afins;
9. Metodologia e Qualitativa e Quantitativa - Mestrado em Áreas Afins;
10. Técnicas e Processos Artísticos - Mestrado em Áreas Afins;
11. Design de Interface - Mestrado em Áreas Afins;
12. Interatividade - Mestrado em Áreas Afins; (2 vagas);
13. Monitoramento e Avaliação de Políticas - Doutorado em Administração, Economia, Políticas Sociais e Áreas Afins.

Procissão do Encontro marca programação da Paixão de Cristo em Cachoeira

Católicos cachoeiranos revivem, nesta sexta-feira, dia 26 de março, um dos atos da drama da paixão de Cristo: a procissão do Encontro. O ritual religioso tem início previsto para às 19h, com a saída dos andores de Nossa Senhora das Dores, da Capela São João de Deus(da Santa Casa de Misericórdia), e do Senhor dos Passos, da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, respectivamente. As imagens irão se encontrar em diversos pontos da cidade. A Praça Manoel Vitorino, em frente ao Colégio do Santissimo Sacramento, é um dos pontos de encontros dos católicos durante a procissão. Nesse local, uma jovem representando a personagem bíblica Verônica, entoa um cântico em latim e exibe para todos um pano com face de Cristo. O cortejo religioso será seguido pela Filarmônica Minerva Cachoeirana. As celebrações prosseguem até o domingo de Páscoa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Em busca de casa maior, Ronaldo agita mercado imobiliário de SP

Fenômeno vai ser pai de novo e quer se mudar para lugar mais espaçoso.
Atacante se interessou por casa com jabuticabeira que custa R$ 6 mil.

O mercado imobiliário em São Paulo anda agitado. É que Ronaldo, o Fenômeno, está procurando uma casa para comprar. Ele vai ser pai mais uma vez e quer se mudar para um lugar espaçoso e confortável, que acomode toda a família.

A reportagem do Fantástico esteve na casa que despertou o desejo de Ronaldo. São R$ 500 mil só de mármore. Na escada, pedra em tom claro. Nas pias, o marrom imperial. A banheira tem estilo vitoriano.

O Fenômeno vai ser pai de novo e, como acontece em toda família, quer mais espaço para os filhos. Mas você imagina crianças comendo numa sala de jantar com paredes forradas com seda, mesa de madeira de demolição com dez lugares? Na cabeceira, cadeiras de couro e um imponente lustre feito de aço.

“Com estes pingentes de cristal e as flores, que são de uma tela muito delicada de aço também. Muita leveza num material super-rígido, superpesado, que é aço”, explicou a arquiteta de interiores Adriana Miller.

A casa fica em um dos bairros mais tradicionais e nobres de São Paulo, onde o metro quadrado chega a custar R$ 8 mil. Só o terreno, de 2.000 metros quadrados, vale R$ 16 milhões. Junto com a construção, o valor do imóvel sobe para R$ 25 milhões.

Mas não é todo dia que se vende uma mansão como a que Ronaldo estaria disposto a comprar. “São raros esses negócios, eu acredito que uns três, quatro por ano na ordem entre R$ 15 e R$ 25 milhões”, contou Marcelo Gurgel do Amaral, consultor de imóvel de luxo.

É mesmo um mercado de alto luxo, hiper-restrito. Até porque, em toda a cidade de São Paulo, segundo especialistas, há no máximo 50 casas que valem mais de R$ 20 milhões. E o que elas têm de especial? Uma no mesmo bairro vem com sete suítes. A do casal tem dois closets, cada um com mais de 20 portas, com banheiros separados para ele e para ela.

Já outra mansão, construída há um ano, ainda espera por um comprador. “O pé direito é bastante generoso, de dez metros; foram colocadas umas árvores no hall de entrada”, disse Marcelo Gurgel.

A sala de estar com lareira termina em um jardim de inverno. São cinco suítes cercadas por um imenso terraço com vista para a piscina. Na garagem, vaga para 30 carros.

“Uma casa como essa, quem olha ali da frente jamais vai ver uma placa de ‘Vende-se’, por exemplo. Esse padrão de casa que está à venda não se põe placa, que é uma coisa contrária à venda. O sujeito que tem uma propriedade dessa, se colocar uma placa, desvaloriza o imóvel”, explicou Marcelo.

A casa pela qual Ronaldo se interessou também é nova. Um corretor que conhecia a obra ofereceu uma visita ao jogador. O Fenômeno se sentiu à vontade. Chegou até a colocar os pés na piscina que fica neste jardim. Quem olha tem a impressão que as árvores nasceram no local, mas toda a área verde veio de fora.

O grande xodó do jardim da casa são três jabuticabeiras. Cada árvore custou R$ 6 mil e, como elas são muito pesadas, em média duas toneladas e meia, tiveram de ser transportadas do interior de São Paulo até a capital com um guindaste.

“Não estava aqui quando o Ronaldo veio. Quem passou foi minha sócia que viu um movimento grande na casa e me contou. Eu soube que eles gostaram muito, eu soube que foi bastante elogiado”, disse a paisagista Flávia Madureira.

Como não gostar de um fogão à lenha que custa R$ 12 mil e de uma churrasqueira de mais de R$ 25 mil. Afinal, com este valor daria para comprar quase uma tonelada de picanha. Para completar, uma adega climatizada onde cabem mil garrafas de vinho. A casa tem três andares. Na garagem, espaço para 12 carros. Um elevador escondido por uma porta leva ao piso superior.

A reportagem do Fantástico entrou na área dos quartos da casa, que tem uma porta blindada, de madeira maciça com uma placa de aço no meio. O quarto principal, o do casal, é tão grande, que é maior que muito apartamento de dois dormitórios que tem mais de 100 metros quadrados. As arquitetas decidiram dividir em um quarto e uma ante-sala, e no meio tem um móvel com uma TV de 55 polegadas que dá para os dois ambientes.

Só que a casa tem apenas três suítes e Ronaldo precisa de pelo, menos, quatro. Fechar negócio com o Fenômeno vai ser difícil. “Eu ouvi falar que ele é melhor para negócio que como jogador de futebol. Pelo que eu ouvi, ele é um sujeito que sabe dar valor ao dinheiro”, finalizou Marcelo.

Mãe de Isabella chega ao fórum


A bancária Ana Carolina Oliveira chegou por volta das 11h15 desta segunda-feira (22) ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Ela será testemunha de acusação no julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de terem matado a menina Isabella Nardoni. De óculos escuros, camisa branca e calça jeans, a mãe da criança chegou no banco do passageiro dianteiro de um carro e entrou pelo estacionamento do fórum sem falar com os jornalistas. O veículo era conduzido pela advogada dela, a assistente de acusação Cristina Christo. (Foto: Paulo Toledo Piza)

Estudantes de direito fazem fila para acompanhar o julgamento


Dez estudantes de direito aguardavam ansiosas na manhã desta segunda-feira (22) em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, pela abertura dos portões do local, onde será realizado o julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella Nardoni.

Algumas das estudantes estavam no local desde 4h30. “A expectativa é muito grande para acompanhar esse julgamento. Viemos de Itu [interior de São Paulo] ontem só para ver se já havia movimento”, contou Lanay Rugai Bedaque, de 20 anos.

Com outras duas amigas, ela alugou um quarto próximo ao fórum, onde passou a noite antes de ir para a fila. O acesso ao julgamento será limitado. Segundo funcionários do fórum, apenas as dez primeiras pessoas da fila poderão entrar na sala onde o casal será julgado. (Por Paulo Toledo Piza/Foto: Daigo Oliva)

Entenda como funciona o Tribunal do Júri

Julgamento do casal Nardoni começa nesta segunda-feira (22).
Sete entre 40 jurados sorteados irão compor conselho de sentença.



O julgamento do casal Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, acusados da morte de Isabella Nardoni, começa nesta segunda-feira (22) no 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. O júri popular é previsto em crimes contra a vida, como homicídio, tentativa de homicídio e auxílio ao suicídio. Nele, cidadãos comuns escolhidos por sorteio decidem se os réus são culpados ou inocentes.

Apesar de o Código de Processo Penal prever que 25 jurados devem ser sorteados para estarem presentes no dia marcado para o júri, serão 40 no caso do julgamento do casal Nardoni. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que foram sorteados 15 a mais por garantia. Desses, 23 são mulheres e 17, homens. Os integrantes do júri precisam ter mais de 18 anos, nenhum antecedente criminal e morar na cidade de São Paulo.

Apenas sete jurados irão compor o conselho de sentença. O sorteio ocorre no dia do julgamento. A defesa e acusação têm o direito de, cada uma, recusar três jurados sorteados. Depois da escolha, os outros jurados presentes são dispensados. Durante os dias de julgamento – estão previstos até cinco – os integrantes do conselho ficam incomunicáveis. Eles irão dormir e fazer as refeições dentro do Fórum de Santana.

A lei 11.689, de junho de 2008, fez algumas alterações no Código de Processo Penal. Agora, o interrogatório dos réus é feito após o depoimento das testemunhas. Até então, os acusados do crime eram ouvidos primeiro. Isso foi feito, segundo os juristas, para garantir a ampla defesa dos réus. Com a mudança, o julgamento segue a seguinte ordem:

- Sorteio dos jurados: sete são sorteados, entre 40 possíveis. O promotor e o advogado de defesa podem negar, sem justificativa, três jurados cada.

- Depoimento das testemunhas: primeiro são ouvidas as arroladas pela acusação, depois as da defesa.

- Leitura de peças: trechos do processo, como provas recolhidas por carta precatória.

- Interrogatórios dos réus: acusados do crime respondem a perguntas de defesa e acusação (os jurados também podem fazer questionamentos, por intermédio do juiz).

- Debates: são disponibilizadas duas horas e meia para os argumentos da acusação e o mesmo para a defesa. Depois, há duas horas de réplica e o tempo igual de tréplica.

- Voto em sala secreta: jurados vão até a sala secreta e respondem a quesitos estabelecidos pelo juiz. Depois, o magistrado formula e lê a eventual sentença.

Júri do casal Nardoni começa na tarde desta segunda-feira em SP

Destino de Anna Jatobá e Alexandre Nardoni será definido por jurados.
Previsão é que júri dure até cinco dias.

Se tudo for seguido à risca, a partir das 13h desta segunda-feira (22), sete jurados começarão a decidir se o casal Nardoni é culpado ou inocente pela morte de Isabella em 29 de março de 2008. O juiz Maurício Fossen, que irá coordenar o júri e anunciar a sentença, acredita que o julgamento no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, possa durar até cinco dias. Ao todo, 23 testemunhas foram arroladas para serem ouvidas pela acusação e pela defesa.

Alexandre Nardoni chega ao júri com 31 anos, e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, com 26 anos. Os dois ficaram presos preventivamente por quase dois anos em Tremembé, a 147 km da capital, à espera deste julgamento. Ambos alegam inocência: haviam dito que um ladrão entrou no apartamento do casal e assassinou Isabella. O advogado dos réus, Roberto Podval, chegou também a aventar a possibilidade de levar aos jurados a tese de um acidente doméstico ter ocorrido no quarto onde Isabella dormia: ela teria caído sozinha da janela.

Mas para o promotor Francisco Cembranelli, a investigação da Polícia Civil e as provas técnicas dos peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal indicam Alexandre e Jatobá como culpados.

Para a acusação, o casal discutiu no carro, a caminho do apartamento onde se deu o crime. Em seguida, a madrasta de Isabella agrediu a menina de 5 anos com uma chave, causando um corte na testa. O sangue foi estancado com uma fralda. Ao chegar no prédio, Alexandre atirou a filha no chão do corredor, provocando traumas na bacia e no punho direito dela. Depois, Jatobá tentou esganá-la: apertou seu pescoço até asfixiá-la. Alexandre cortou a tela de proteção da janela do quarto dos filhos Pietro e Cauã, e largou Isabella do sexto andar, uma queda de 20 metros de altura.

O casal Nardoni é acusado de homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado por motivo cruel (asfixia), recurso que impossibilitou a defesa da vítima (jogá-la inconsciente da janela) e assegurar impunidade deoutro crime (agressão e esganadura). Pesa ainda a acusação de fraude processual, por terem alterado a cena do crime. Caso sejam condenados, a pena para Alexandre e Jatobá poderá variar de 12 a 30 anos de prisão. Alexandre pode ter uma pena maior porque é acusado de matar um descendente: a filha Isabella.

Pedreiro sumido
Segundo especialistas ouvidos pelo G1, o julgamento corre o risco de ser adiado porque uma das testemunhas ainda não foi localizada para receber a convocação do júri. Trata-se do pedreiro Gabriel dos Santos Neto. Na época da morte de Isabella, ele chegou a dizer ao jornal Folha de S.Paulo que um ladrão invadiu uma obra, ao lado do edifício London, onde morava o casal. Depois, negou tudo à Justiça.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, em relação à não localização do pedreiro ou de qualquer outra testemunha intimada, somente após a instalação do júri, a partir da argumentação da defesa e acusação, é que o juiz responsável decidirá o que fazer. Existe a possibilidade de o juiz determinar a busca e prisão da testemunha se ela for localizada.

Ao Fantástico, Podval garantiu que não pedirá o adiamento do júri, mesmo com a ausência dessa testemunha.

A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, de 25 anos, deverá ser a primeira testemunha da acusação a ser ouvida nesta segunda.

O advogado do casal terá a companhia da advogada e perita Rose Soglio, que também poderá fazer perguntas às testemunhas. O objetivo da defesa será o de desqualificar o trabalho feito pela investigação policial e pela perícia. Para isso, pretende levar aos jurados a tela de proteção, a faca e a tesoura que teriam sido utilizadas para cortá-la, as roupas e sapatos do casal, e a fralda que teria estancado o sangue de Isabella.

Além dessas peças, a defesa quer demonstrar que o luminol (líquido usado para detectar substâncias hematóidicas) não é tão eficaz como os peritos afirmaram ser. Para comprovar isso, sangue, frutas com betacaroteno, suco de cenoura etc serão submetidos ao teste. A ideia é mostrar que o luminol reage e produz os mesmos resultados para todos esses materiais. Ou seja, trata-os como sangue.

Maquete e filme
Cembranelli vai contar com a presença da advogada Cristina Christo, que será a assistente da acusação. Ela vai levar ao plenário o médico perito João Baptista Optiz Júnior para auxiliá-la na interpretação das provas técnicas. Os três vão sustentar que Alexandre e Jatobá mataram Isabella. Para isso, vão apresentar aos jurados um vídeo feito pelo IC de como o crime pode ter ocorrido, além de uma maquete do prédio de onde Isabella caiu.

Pelo menos sete pontos da investigação policial e do trabalho da perícia foram cruciais para incriminar o casal, segundo o Ministério Público. São eles: o ciúme de Jatobá, sangue no carro, sangue na fralda, a marca da tela de proteção na camiseta de Alexandre, a pegada dele no lençol, causa da morte por asfixia e politraumatismo e o tempo para ocorrer o crime (veja quadro abaixo).

Sangue no carro e na fralda
O sangue encontrado no carro também foi determinante para incriminar o casal. Os peritos do Instituto de Criminalística indicaram que Isabella foi agredida no carro por Anna Carolina Jatobá. A madrasta é acusada de usar uma chave para causar um ferimento na testa da menina e provocar sangramento. Apesar da divergência entre os núcleos do IC sobre o sangue achado, a Promotoria entende que o material é de Isabella.

Podval contesta. Ele afirma que o Ceap (Centro de Exames, Análises e Pesquisas) do IC não soube dizer de quem é o sangue.

Para a acusação, uma fralda também foi usada para esconder o ferimento em Isabella e estancar o sangue na testa da menina no trajeto do carro ao apartamento do casal. Segundo a defesa, houve falha no exame de sangue na fralda para constatar que ele é de Isabella.

Marca da tela na camiseta de Alexandre e pegada no lençol
A camiseta de Alexandre ficou marcada pela tela de proteção da janela porque ele se escorou para jogar a menina de lá, segundo a perícia. Pegadas correspondentes ao solado do chinelo que Alexandre usava no dia do crime também foram achadas nos lençóis das camas dos irmãos de Isabella, de acordo com o IC.

Podval alega que ele se debruçou sobre a rede após notar que ela estava cortada e perceber que filha havia sumido da cama. E que subiu na cama pelo mesmo motivo.

Causa da morte e tempo do crime
O atestado de óbito aponta asfixia e politraumatismo como causas da morte de Isabella, segundo o Instituto Médico Legal. Mas a defesa coloca em dúvida o documento do IML porque o certificado de óbito indicava causa indeterminada.

A Promotoria informa que o crime contra Isabella ocorreu num período de 12 minutos e 26 segundos. Esse foi o tempo que o motor do carro dos Nardoni foi desligado e o pedido de socorro acabou feito por telefone.

Os advogados do casal, no entanto, sustentam que um ladrão invadiu o prédio e matou Isabella, mas varredura feita pela Polícia Militar e investigação da Polícia Civil e trabalho dos peritos não encontraram nenhum vestígio de terceira pessoa dentro do apartamento. Para a perícia, também não houve tempo hábil para um ladrão invadir o apartamento, esganar Isabella, cortar a tela de proteção, jogar a menina e fugir.

O advogado Roberto Podval contesta a varredura da PM feita no prédio. Isso porque ela foi comandada por um policial (tenente Fernando Neves) que se suicidou meses depois ao ser investigado por pedofilia. Outra tese aventada pela defesa, mas um pouco remota, é a possibilidade de a menina ter sofrido um acidente doméstico e caído sozinha da janela do sexto andar. O advogado chegou a afirmar que talvez nunca se saiba quem realmente matou Isabella.

O júri popular que começa às 13h desta segunda é previsto em crimes contra a vida, como homicídio, tentativa de homicídio e auxílio ao suicídio. Nele, cidadãos comuns escolhidos por sorteio decidem se os réus são culpados ou inocentes.

Apesar de o Código de Processo Penal prever que 25 jurados devem ser sorteados para estarem presentes no dia marcado para o júri, serão 40 no caso do julgamento do casal Nardoni. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que foram sorteados 15 a mais por garantia. Desses, 23 são mulheres e 17, homens. Os integrantes do júri precisam ter mais de 18 anos, nenhum antecedente criminal e morar na cidade de São Paulo.

Apenas sete jurados irão compor o conselho de sentença. O sorteio ocorre no dia do julgamento. A defesa e acusação têm o direito de, cada uma, recusar três jurados sorteados. Depois da escolha, os outros jurados presentes são dispensados. Durante os dias de julgamento – estão previstos até cinco – os integrantes do conselho ficam incomunicáveis. Eles irão dormir e fazer as refeições dentro do Fórum de Santana.

A lei 11.689, de junho de 2008, fez algumas alterações no Código de Processo Penal. Agora, o interrogatório dos réus é feito após o depoimento das testemunhas. Até então, os acusados do crime eram ouvidos primeiro. Isso foi feito, segundo os juristas, para garantir a ampla defesa dos réus. Com a mudança, o julgamento segue a seguinte ordem:

- Sorteio dos jurados: sete são sorteados, entre 40 possíveis. O promotor e o advogado de defesa podem negar, sem justificativa, três jurados cada.

- Depoimento das testemunhas: primeiro são ouvidas as arroladas pela acusação, depois as da defesa.

- Leitura de peças: trechos do processo, como provas recolhidas por carta precatória.

- Interrogatórios dos réus: acusados do crime respondem a perguntas de defesa e acusação (os jurados também podem fazer questionamentos, por intermédio do juiz).

- Debates: são disponibilizadas duas horas e meia para os argumentos da acusação e o mesmo para a defesa. Depois, há duas horas de réplica e o tempo igual de tréplica.

- Voto em sala secreta: jurados vão até a sala secreta e respondem a quesitos estabelecidos pelo juiz. Depois, o magistrado formula e lê a eventual sentença.

Caso Isabela: Veja quais são as acusações contra o casal Nardoni

Se condenados, Alexandre e Jatobá podem pegar de 12 a 30 anos.
Eles são acusados de homicídio qualificado contra Isabella.

Se o júri considerar que o casal Nardoni é culpado pela morte de Isabella, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá poderão ser condenados a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão. Os dois, que estão presos preventivamente em Tremembé, a 147 quilômetros de São Paulo, há cerca de dois anos, alegam inocência. O julgamento deles ocorrerá a partir das 13h de segunda-feira (22) no Fórum de Santana, na Zona Norte.

Alexandre e Jatobá são réus no processo que os responsabiliza pelo assassinato da menina. Ambos são acusados pelo Ministério Público de homicídio triplamente qualificado e fraude processual por terem alterado a cena do crime.

Segundo o promotor Francisco Cembranelli, para matar a menina o casal empregou meio cruel para impossibilitar a defesa da vítima, com o objetivo de garantir ocultação de crime praticado anteriormente. Em outras palavras, a madrasta de Isabella agrediu e esganou a criança, e Alexandre, a jogou pela janela do sexto andar do Edifício London, na Zona Norte da capital.

O casal também responde por fraude processual no mesmo processo porque teria modificado a cena do crime: lavado as manchas de sangue de Isabella no apartamento.

Amante é condenada a pagar US$ 9 milhões à esposa traída

Baseada em lei do século 19, Justiça da Carolina do Norte condenou mulher por ter causa do fim de casamento de outra.

A Justiça do Estado americano da Carolina do Norte condenou uma mulher a indenizar a ex-esposa de seu namorado em US$ 9 milhões, ou R$ 16 milhões, por ter provocado o fim do casamento deles.

Cynthia Shackelford, de 60 anos, resolveu processar a amante de seu ex-marido que, segundo ela, teria sido responsável pelo fim de seu casamento e por sua situação de penúria após a separação.

Com base em uma lei do final do século 19, já abolida em vários Estados americanos, a Justiça da Carolina do Norte condenou Anne Lundquist, reitora de uma faculdade em Nova York, a indenizar Shackelford por adultério e danos morais.

Cynthia se separou de Allan Shackelford, de 62 anos, em abril de 2005, quando seu marido já mantinha um relacionamento extra-conjugal com Anne Lundquist, de 49.

Após o divórcio, Cynthia teve de ir morar com amigos por não ter como manter o apartamento. Ela disse ainda que abandonou sua carreira como professora para cuidar dos dois filhos do casal, enquanto seu marido se dedicava à carreira de advogado.


O julgamento


O tribunal levou dois dias para apreciar o caso, cujo veredicto foi lido na última terça-feira.

Ao jornal local News Record, a ex-mulher contou que o casamento ia bem até seu ex-marido ter conhecido Lundquist, que foi sua cliente no escritório de advocacia.

"Eu não fazia a menor ideia de que Allan iria me deixar. Ele vivia me dizendo 'Oh, ela é só uma amiga. Não há relacionamento algum. Eu te amo'", disse.

Lundquist, por sua vez, disse à imprensa americana que não teve tempo hábil para se defender e que pretende recorrer da decisão. Ela afirmou também que só conheceu Shackelford quando ele já estava divorciado.

"Essa decisão não está baseada na realidade. Eu certamente não tenho esse volume de dinheiro nem nunca vou ter", acrescentou.


A lei


A legislação que permite à pessoa traída processar o amante de seu ex-cônjuge existia em diversos Estados americanos entre o final do século 19 e o início do século 20. Porém, ela já foi abolida na maioria deles, exceto na Carolina do Norte e em outros cinco estados.

Segundo o News Record, cerca de 200 casos como esse são julgados nas Cortes do Estado a cada ano. Porém, nenhum deles atinge uma quantia tão elevada quanto a do caso Shackelford.

Após o veredicto, Will Jordan, advogado que defendeu os interesses da ex-mulher, reconheceu que dificilmente conseguirão forçar a ré a pagar a quantia total de US$ 9 milhões.

"Nós podemos não conseguir todos os US$ 9 milhões, mas eu estou esperançoso de que coletaremos uma quantia substancial de dinheiro", declarou à imprensa.

"Nós gostaríamos que as pessoas respeitassem a santidade do casamento. Nós queríamos um valor (de indenização) alto o bastante para prevenir outras pessoas de irem atrás de pessoas casadas", declarou Shackelford ao jornal local.

Fla cogita 'conspiração' para justificar sequência de notícias policiais do clube

Andrade revela pensamento interno que teria como objetivo favorecer os paulistas e deixa aviso: ‘Não vão conseguir desestabilizar esse grupo’

Adriano é o protagonista, mas às vezes Vagner Love e outros companheiros, como Willians, também dão um pulinho no noticiário policial. O linchamento moral do grupo do Flamengo provocou sequelas.

Andrade apresentou uma hipótese inusitada para os seguidos problemas. O treinador revelou que nos bastidores do Flamengo circula a teoria sobre uma conspiração para prejudicar o time emocionalmente a fim de favorecer os paulistas na Taça Libertadores. Essa rede abasteceria o noticiário com polêmicas e uma pitada de maldade.

- Quando um deles é atingido pega o grupo todo. Pensamos que é uma forma de tentar desestabilizar o grupo. Até porque alguns são maliciosos. Temos São Paulo e Corinthians na Libertadores e pensam que podem fragilizar nosso lado emocional. Mas não vão conseguir desestabilizar esse grupo - garantiu.

É nítido o desconforto de alguns atletas com a imprensa. O Imperador voltou ao silêncio habitual. Ao ver que será fotografado, troca o sorriso por um semblante fechado. Antes solícito e frequentador assíduo da sala de entrevistas coletivas, Vagner Love também sumiu.

Andrade não acha a “guerra fria” salutar. Mas diz entender a reação dos comandados de retaliarem os jornalistas momentaneamente. Só que, pela primeira vez, reconheceu que os jogadores deram motivos para serem questionados por atitudes fora de campo.

- Não é normal (esse silêncio), mas eles estão apanhando muito. Até porque fizeram por merecer. Eles estão magoados, chateados. É uma coisa de momento, mas em breve eles voltam a falar porque o caminho não é por aí. Mas deem um tempo a eles - declarou.

Depois de empatar por 2 a 2 com o Botafogo, domingo, o Flamengo volta a campo nesta quarta-feira contra o Tigres. Na Libertadores, o próximo compromisso será no dia 7 de abril contra o Universidad de Chile, no Rio.

Entenda a reforma no sistema de saúde dos EUA

Reforma deve beneficiar mais de 32 milhões de americanos sem cobertura de saúde.

A proposta de reforma do sistema de saúde americano, considerada a prioridade da política doméstica do presidente Barack Obama, foi aprovada no domingo.

No domingo, a Câmara dos Representantes aprovou a proposta por 219 votos a favor e 212 contra. O número mínimo de votos necessários era 216. A lei deve agora ser sancionada por Obama.

A reforma deverá beneficiar 32 milhões de americanos que atualmente não têm cobertura de saúde.

Abaixo, a BBC Brasil responde a algumas perguntas sobre as mudanças e o impacto que a reforma pode trazer ao sistema de saúde nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos não têm um sistema público de cobertura universal na área de saúde.

Segundo uma estimativa feita pelo governo, 46,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos não tinham cobertura em 2008 (esse número, porém, inclui imigrantes ilegais e americanos que ganham mais de US$ 50 mil por ano).

Há alguns programas financiados pelo governo, como o Medicare, destinado a pessoas com mais de 65 anos, ou o Medicaid, para pessoas de baixa renda.

Veteranos das Forças Armadas também estão cobertos por um programa do governo, assim como crianças de famílias pobres que não se enquadram nas exigências do Medicaid.

A maioria dos americanos, porém, precisa adquirir seu próprio plano de saúde, seja por meio de seus empregadores ou por conta própria.

No caso dos planos de saúde privados, há variações nas regras e no valor a ser pago. Em alguns casos, por exemplo, o segurado tem de pagar parte do tratamento médico para depois ser ressarcido pela seguradora.

Aqueles que não têm cobertura de saúde só são atendidos gratuitamente em emergências.

Quais as principais mudanças previstas nos projetos de reforma da saúde?

No início de seu governo, o presidente Barack Obama lançou uma proposta ampla de reforma no sistema de saúde e disse que deixaria que o Congresso se encarregasse de definir os detalhes.

Em fevereiro, diante do impasse na votação da proposta, o presidente divulgou mais detalhes do plano, que pretende ampliar o número de americanos cobertos, tornar a assistência médica mais barata e impor regras mais rígidas às seguradoras.

O sistema de saúde atual é bastante criticado por ser caro e ineficaz. Em 2007, os Estados Unidos gastaram US$ 2,2 trilhões - o equivalente a 16,2% do Produto Interno Bruto (PIB) - em assistência médica.

A proposta prevê a obrigatoriedade do seguro saúde e a adoção uma regulação mais rígida para as seguradoras.

O plano prevê ainda a criação de uma bolsa de seguros para quem não tem um plano pago pelo empregador e de subsídios para a população carente.

A maioria das mudanças deve ser financiada com o dinheiro proveniente da redução de desperdício do programa Medicare.

O que dizem os críticos da reforma?

Muitos republicanos criticam a reforma pretendida por Obama e pelos líderes democratas por tornar a assistência médica "mais burocrática e cara".

Outra crítica é a de que o projeto aumentaria o tamanho do Estado, ao dar ao governo muito controle sobre o sistema de saúde. Isso levou alguns congressistas republicanos a considerar a proposta "socialista", gerando grande inquietação entre membros da oposição conservadora.

Muitos democratas também se opõem à medida, principalmente por conta dos custos envolvidos.

Na última semana, alguns desses democratas mudaram de ideia depois que a Comissão de Orçamento do Congresso divulgou a estimativa de que a reforma da saúde deverá reduzir o déficit americano em US$ 138 bilhões nos próximos dez anos.

Segundo a comissão, a reforma terá custo de US$ 940 bilhões em dez anos.

Como tramitou a reforma no Congresso?

A tramitação do projeto de reforma da saúde vem cercada de polêmica e de forte oposição por parte dos republicanos.

No fim de 2009, a Câmara e o Senado aprovaram versões diferentes da reforma.

Nesse caso, o procedimento padrão seria unificar as duas versões em um projeto que, então, seria enviado ao presidente para sanção.

No entanto, no início deste ano líderes democratas decidiram adotar um outro procedimento para a votação.

A decisão foi tomada depois que o Partido Democrata perdeu a "supermaioria" de 60 cadeiras no Senado - margem necessária para impedir obstruções da oposição republicana, o que poderia complicar ainda mais a tramitação da reforma da saúde.

O novo procedimento adotado é uma complexa manobra chamada reconciliação, que prevê que tema cetnopo projeto possa ser aprovado no Senado por maioria simples de 51 votos.

O que a Câmara dos Representantes aprovou neste domingo?

A Câmara dos Representantes aprovou um pacote final de dois projetos neste domingo.

O primeiro é o projeto que já havia sido aprovado pelo Senado em dezembro de 2009.

Agora, ele será enviado ao presidente para sanção e, uma vez sancionado, vira lei.

O segundo pacote, mais polêmico, faz diversos ajustes nesse primeiro projeto.

Ele terá de ser votado agora no Senado - onde poderá ser aprovada por maioria simples de 51 votos por meio da manobra de "reconciliação".

Qual a previsão para que os Estados Unidos tenham uma nova lei sobre o sistema de saúde?

A primeira parte da reforma foi aprovada e deve virar lei imediatamente após a sanção de Obama.

No entanto, essa lei ainda não traz várias das mudanças pretendidas pelo presidente e pelos líderes democratas.

Essas mudanças só vão fazer parte da lei após a aprovação do segundo projeto pelo Senado.

Ainda não há data para a votação no Senado. Ela poderia ocorrer já na próxima semana, mas pode se estender por dias.

Qual a importância da aprovação da reforma da saúde para o presidente Obama?

Desde que assumiu a Presidência, Obama fez da reforma do sistema de saúde sua principal meta no campo doméstico.

Na última semana, o presidente adiou uma viagem que faria à Austrália e à Indonésia para poder ajudar nos últimos contatos em busca de apoio de parlamentares e acompanhar a votação de perto.

Segundo analistas, quanto mais engajado Obama estiver na aprovação da reforma, mais altos são os riscos políticos de uma derrota do projeto.

A rejeição da reforma no Congresso poderia ter um impacto negativo direto nos índices de aprovação do presidente, dizem analistas.

Deputados dos EUA aprovam projeto de reforma na saúde de Obama

Projeto é principal promessa de campanha de Obama.
Em discurso, Obama agradeceu aos votos.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos - como é chamada a Câmara dos Deputados americana -aprovou na noite deste domingo (21) o texto projeto de lei que propõe a reforma do sistema de saúde norte-americano. As emendas ao projeto também foram aprovadas.

O texto principal foi aprovado com 219 votos a favor e 212 contra. Era necessário o mínimo de 216 votos para a aprovação. Nenhum republicano votou a favor da proposta. As emendas foram aprovadas com 220 votos a favor e 211 contra.

O texto das emendas aprovadas será encaminhado ainda nesta semana ao Senado. Segundo um acordo entre os democratas, o Senado aprovara as emendas imediatamente e sem mudanças.

A votação representa uma importante vitória política para o presidente Barack Obama, já que reformar o sistema de saúde dos EUA era sua principal promessa de campanha.

Em discurso logo após a aprovação, o Obama agradeceu pelos votos. "Não foi um voto fácil, mas foi o voto certo", disse.

O presidente também disse que a aprovação responde ao sonho de muitos norte-americanos de tornar a reforma na saúde uma realidade, o que foi possível graças à Câmara dos Representantes do Estados Unidos.

O texto principal, que já havia sido aprovado pelo Senado em dezembro, será convertido em lei após a sanção do presidente Obama, o que deve acontecer na terça-feira.

O texto de lei permitirá garantir a cobertura médica para 32 milhões de americanos que não têm nenhum plano de saúde. O objetivo é cobrir 95% dos americanos com menos de 65 anos; os mais velhos já são atendidos pelo sistema Medicaire.

Para garantir votos na votação final, Obama cancelou uma viagem pelo sudeste asiático especialmente para estar presente nos últimos períodos de negociação.

O sistema americano de saúde é questionado há quase um século. Gerações de líderes, desde Theodore Roosevelt (1901-1909) a Bill Clinton (1993-2001), não conseguiram aprovar seus projetos para modificar a situação.

Empresário de SP compra Pagani Zonda F de R$ 4 milhões


Carro ficou dois anos à espera de um comprador.
Fabricante produz apenas 25 unidades por ano.

Quase dois anos depois de chegar ao Brasil, a primeira unidade do carro superesportivo Pagani Zonda F, com o preço sugerido de R$ 4 milhões, encontrou um comprador. Um empresário de São Paulo, que não quer ser identificado, comprou da importadora Platinuss, representante da marca no país, o veículo que será emplacado somente em abril.

Produzido na Itália, o Pagani Zonda F é fruto de uma linha exclusiva de veículos superluxuosos que produz no máximo 25 unidades por ano. O Pagani Zonda F foi apresentado pela primeira vez no Salão do Automóvel de Genebra de 2006. A carroceria do carro é de fibra de carbono e pode ser aberta pelo motorista para se ter acesso ao motor, tanque de combustível e até espaço para bagagens nas laterais do carro.


Segundo Horacio Pagani, fabricante do superesportivo, o carro foi inspirado no ex-campeão de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio, que inclusive apresentou o empresário a representantes da Mercedes-Benz, que passaram a fornecer o motor AMG V12 com 48 válvulas, 7.291 cilindradas e 659 cavalos de potência.

Quando estava ainda em fase de projeto, a idéia era batizar o carro como Fangio F1, em homenagem ao piloto argentino. “Mas como Fangio morreu antes do primeiro carro ficar pronto (o cinco vezes campeão mundial morreu em julho de 1995), preferi preservar sua memória e deixar apenas a inicial F no veículo”, explica Pagani.







Segundo o fabricante, o carro faz de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 345 km/h. O motor é amigável com a gasolina brasileira, de acordo com o fabricante. O carro é ainda equipado com câmbio mecânico de seis marchas, rodas de ligas de alumínio e magnésio, sendo as dianteiras com 19 polegadas e as traseiras com 20 polegadas, e pneus Michelin esportivos. E o modelo vendido no Brasil tem em seu interior detalhes no painel em padrão madeira e os assentos são de couro de avestruz.

“Quem tem dinheiro para comprar este carro na Europa são pessoas com média de idade de 50 anos”, explica o empresário argentino Horacio Pagani, fabricante do superesportivo. “Por isso procuramos fazer um carro com aparência esportiva e ao mesmo tempo muito conforto. O cliente deste carro quer ter um produto que ninguém no mundo tem.”

sábado, 20 de março de 2010

CACHOEIRA/BA: FILMES E DEBATE NA CÂMARA MUNICIPAL EM COMEMORAÇÃO AO DIA MUNDIAL DA ÁGUA

A Câmara de Vereadores de Cachoeira vai exibir na próxima terça-feira, 23, às 19h30min, os filmes "Ilha das Flores" e "Saneamento Básico, O Filme", ambos de Jorge Furtado. A mostra foi programada para lembrar o Dia Mundial da Água, 22 de março. Estudantes, ecologistas, educadores, gestores públicos e os demais segmentos da sociedade estão sendo convidados para a mostra.
Ilha das Flores
Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de ordem sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Torna evidente ainda todos os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa idéia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência monitorada de outros.
Saneamento Básico
O Filme
Em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto é uma emergência antiga e sempre ignorada pelas autoridades. Uma comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura. No entanto, são informados de que não há verba para saneamento básico mas que sobra para a produção de um vídeo. O grupo resolve então fazer um vídeo sobre o saneamento básico. Mas o que ninguém esperava é que o grupo amador se envolveria tanto nessa produção que ganha até prêmio na cidade, e que a obra, viraria ator coadjuvante. Elenco: Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia. Tonico Pereira, Janaína Kremer, Lázaro Ramos e Paulo José.

Cachoeirano ilustre


Figura na galeria contemporânea dos ilustres filhos de Cachoeira, o juiz federal, Carlos D'Ávila Teixeira. O magistrado que nasceu em 18 de janeiro de 1957, ingressou na Justiça Federal no Maranhão em 30 de maio de 1994, como juiz federal subsituto da Seção Judiciária daquele estado. Atualmente atua como juiz federal na Seção Judiciária da Bahia. Carlos D'Ávila é referência de uma geração de cachoeiranos que muito orgulham seus conterrâneos. O juiz cachoeirano é filho do conceituado casal de educadores Clementina e Camilo, este também é advogado.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lembrança histórica


Na foto, que marcará um dos importantes momentos dos 173 anos de Cachoeira, estão: o ex-prefeito de Cachoeira, Salusitiano Coelho de Araújo, Ana Ramos, vereadora Maria Lúcia Costa Santos, Carlos Menezes Pereira, presidente da Câmara de Vereadores, jornalista Jorge Luis Ramos, orador da sessão solene do 13 de março, Raimundo Vidal, diretor da Fundação Hansen Bahia, Alex Sandro Aleluia de Brito, prefeito do município de São Félix, e Carlos Lago Neto, advogado e procurador jurídico da Câmara de Cachoeira.

Tradição e ancestralidade


A Yalorixá Madalena, zeladora do Terreiro Guarany de Oxossi, situado no Alto do Rosarinho, em Cachoeira, recebeu no último sábado, um grupo de estudantes universitárias norteamericanas, para falar sobre medicina tradicional e ancestralidade. As estudantes são alunas de diversas universidades dos Estados dos Estados Unidos, matriculadas em cursos relacionados com saúde pública. Através do programa Semestre Universitário no Exterior, vieram para a Bahia, vivenciar realidades de grupos sociais diversos para seus estudos. No Recôncavo, além de conhecer práticas religiosas que usam a medicina tradicional para o tratamento de doenças, também convivem com assentados do MST(Movimento dos Trabalhadores Sem Terras).

segunda-feira, 15 de março de 2010

BAHIA GOLEIA E É LIDER


O Bahia começou bem a 2ª fase do Campeonato Baiano e goleou por 5 x 1 a equipe do Feirense, com gols de Rodrigo Grahl, Bruno Silva, Rogerinho, Ananias e Edilson.

VITÓRIA PERDE NA ESTRÉIA DA SEGUNDA FASE E É LANTERNA


Com um jogador a menos desde o início do primeiro tempo, o Vitória perdeu pela terceira vez no estadual. A derrota desta vez foi para o Bahia de Feira, por 2 x 0, na estreia da segunda fase do estadual, no Jóia da Princesa. Os gols do time feirense foram marcados por Edson e João Neto e, com esse resultado, o Leão fica na lanterna do grupo 1. Agora, os comandados de Ricardo Silva darão uma pausa no estadual para focar novamente na Copa do Brasil. Isso porque, quarta-feira, a equipe baiana enfrenta o Náutico, nos Aflitos, às 21h.

CARTA ENVIADA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE, AMBAS DA CIDADE DE SÃO PAULO

PRESTE ATENÇÃO! DE MÃE PARA MÃE:
Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.
Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc... Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo....
Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem. Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar "Os meus direitos"!


Pedido:Caso concorde com esta mensagem, circule este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta inversão
de valores que assola o Brasil.

DIREITOS HUMANOS SÃO PARA
HUMANOS DIREITOS

CIDADE DE CACHOEIRA EM FESTAS EM COMEMORAÇÃO AOS 173 ANOS DE SEU ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Sábado, 13 de março, a Câmara de Vereadores comemorou o aniversário de elevação da Cachoeira à categoria de cidade, em concorrida solenidade que teve como orador oficial, o jornalista Jorge Ramos. Em seu discurso, o orador destacou a importância da Cachoeira para a História do Brasil e apontou filhos ilustres da cidade, "entre a vasta galeria e gerações de homens e mulheres talentosos que Cachoeira legou à Bahia e ao Brasil". Foram destacadas, do passado, as figuras do abolicionista André Rebouças, do maestro Tranquilino Bastos e do jornalista Simões Filho. Da época atual, foram enaltecidos pelo orador o poeta Damário da Cruz, o músico Mateus Aleluia e a deputada federal Lídice da Matta.



Eis a íntegra do discurso:

Senhoras, Senhores e Jovens de Cachoeira

Saúdo, em especial, as personalidades e autoridades, aqui presentes ou representadas.

Convém registrar, em primeiro lugar, o agradecimento sincero pelo honroso convite para aqui estar convosco, dialogando sobre Cachoeira, seu passado histórico, seu presente vivificado e seu futuro que, esperamos todos, construir de maneira socialmente justa para que venha a ser amplamente venturoso e sustentável.

Ouso aqui, talvez inspirado na vasta galeria de gerações de homens e mulheres talentosos que Cachoeira produziu, recorrer ao sábio francês Voltaire - filósofo do Iluminismo, adorador das liberdades civis e crítico mordaz de todas as formas de tirania e preconceitos - lembrando de um trecho do discurso que ele proferiu ao tomar posse na Academia Francesa, em 1746. Disse Voltaire: Que me seja permitido, senhores, entrar aqui convosco, em discussões literárias; minhas dúvidas se valerão de vossas decisões. É assim que poderei contribuir para o progresso das artes; e eu gostaria mais de pronunciar, perante vós, um discurso útil do que um discurso eloquente.”

O ambiente austero deste Salão, - onde aqui pisaram os dois imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, presidentes, ministros, governadores, deputados e senadores - inspira-me a buscar forças e energia para tentar sintetizar num discurso útil, como disse Voltaire, as múltiplas páginas de exemplos fartos, de homens e mulheres, guerreiros e artistas, que através de 312 anos construíram Cachoeira. Sei que este é um desafio hercúleo, pois tantos e grandiosos são os fatos históricos, quão poucos e limitados são os nossos recursos.

Sim, são 312 anos de história que Cachoeira, essa jóia do patrimônio histórico brasileiro, deveria estar comemorando. Nossa cidade tem o sortilégio de ter muitas datas para brindar e festejar. Hoje aqui, neste 13 de março, festejamos apenas os 173 anos de sua emancipação política. Mas, em verdade, deveríamos festejar muito mais o 29 de janeiro de 1698 quando foi criada a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Aí sim, começa a nossa história documental. Ademais, temos outra data, essa mais que expressiva : o Glorioso 25 de Junho, de indiscutível e inegável relevância para a própria História do Brasil. Eis aqui, retratado através do traço genial de Antonio Perreiras, uma representação da epopéia cachoeirana. A licença poética permitiu ao artista representar numa única cena três episódios que aconteceram em momentos distintos: a Aclamação de Dom Pedro, feita na manhã do dia 25, aqui da sacada desta Câmara, o bombardeio da vila e a morte do Tambor Soledade, nas horas seguintes, e a barca invasora, em frangalhos pois fora tomada pelos cachoeiranos no Paraguaçu, fato que só viria a ocorrer três dias depois. E uma curiosidade histórica: este quadro, cópia reduzida do que está no Palácio Rio Branco em Salvador, foi encomendado a Parreiras pela Intendência Municipal, mas curiosamente jamais foi pago. O quadro maior fora encomendado pelo Governador Vital Soares em 1928. Parreiras veio pessoalmente a Cachoeira e aqui passou pouco mais de um mês encantando-se com o acervo da cidade, notadamente o belo conjunto da Ordem Terceira, que ele confessa não ter visto igual, nem mesmo no Vaticano. Está relatado em sua autobiografia "História de Um Pintor."
Os dois quadros só foram concluídas e entregues três anos depois, quando o Brasil vivia em plena ebulição decorrente da Revolução de 1930, que alterou brusca e radicalmente a estrutura político-institucional do país, com a deposição dos governadores e de todos os intendentes. O fato é que é essa transição impossibilitou que a municipalidade honrasse o pagamento da obra que representa a sua data magna. Mas Parreiras, o maior pintor histórico desse pais, tem nosso agradecimento eterno, por ter sido justo e generoso com esta cidade, dando a este quadro o título que bem o sintetiza : Primeiro Passo para a Independência do Brasil.
E, de fato, o 25 de Ju nho tem este significado..

25 de Junho, que por esforços e empenho de uma cachoeirana valorosa, a deputada Lídice da Mata, hoje é também uma data histórica para todo a Bahia. Foi dela a idéia de criar umaa lei estadual que transforma nossa Cachoeira, a cada ano nessa data, em sede do governo estadual. 25 de Junho que, este ano, por ironia do calendário gregoriano, vai coincidir com outro embate entre brasileiros e portugueses. Mas desta vez a batalha será outra !

Se em 1822 o bombardeio da então Vila por tropas portuguesas ancoradas no Paraguaçu marcou o início da luta armada pela Independência do Brasil, passados 188 anos Brasil e Portugal voltarão a se enfrentar num 25 de Junho, num campo não de batalhas mortais. Desta vez será num campo de futebol, em partida pela Copa do Mundo. O esporte, demonstra mais uma vez - juntamente com a arte e a educação - ser o caminho óbvio para a obtenção da Paz. Nunca nos esqueçamos disso, se quisermos ajudar o nosso futuro; as nossas crianças e jovens a ser livres de todas as formas de violências. Não seremos dignos jamais de nosso passado glorioso, se não construirmos no presente os alicerces para um futuro onde os jovens de hoje venham a ter uma sadia e construtiva convivência e aprendam a ser cidadãos que construam o desenvolvimento em todas as suas formas e a paz em todas as sua virtudes.

A data de hoje, senhoras e senhores, registra o aniversário da Lei Provincial nº 43, com que o Presidente da Província da Bahia, Francisco de Souza Paraíso, elevou Cachoeira e Santo Amaro – no mesmo diploma , sim – à condição de cidades. Na mesma lei, Cachoeira recebeu o título de Cidade Heróica e Santo Amaro, o de Cidade Leal. Paraíso, que nascera em 1793 em Salvador e se formou em Direito na Universidade de Coimbra, tinha 44 anos e já ocupara cargos de juiz e desembargador do Tribunal da Bahia. Seu tumultuado governo foi abreviado pela revolta da Sabinada, que desafiou o Império e buscou para a Bahia uma autonomia federativa. Enquanto Salvador esteve em mãos dos rebeldes, o governo da Província se instalou em Cachoeira e daqui do Recôncavo partiu a reação e os revoltosos foram dizimados. Mais tarde, Francisco Paraíso veio a ser deputado e Ministro da Justiça, quando assinou com o Regente Diogo Feijó a primeira lei que estruturou os cursos elementares do Brasil. Morreu em 1843 como Senador do Império, representando a Bahia.

Como legislador ele teve atuação significativa, assim como devem ter todos os que recebem do povo a representação política. É inspirado nele que apelo aos atuais legisladores e gestores, como legítimos representantes do povo cachoeirano - a quem incumbimos da administração da nossa cidade - para que usem a vossa energia criativa em prol de políticas públicas voltadas para causas nobres como a educação e seus necessários complementos na construção da cidadania: a arte, a cultura e o esporte. Todos deram em passado recente muitas alegrias aos cachoeiranos. Refiro-me, sem desdouro de outros talentos, aos Tincoâs, de Dadinho e Eraldo – já falecidos – e, nunca é demais citá-lo como artista maior que é, Mateus Aleluia, orgulho de nossa terra e nossa gente.

No esporte tivemos a épica Seleção de Cachoeira a brilhar no futebol amador da Bahia. Outro destaque do esporte cachoeirano foram - passadas várias décadas ainda guardo na retina as lembranças - as competições de remo a embelezar as águas de um Paraguaçu festivo.

Paraguaçu, um rio que passa em nossa história ! Através dele adentrou-se o sertão e Cachoeira, encravada estrategicamente no seu último percurso navegável, servia de entreposto. Já no final do século XVII no século XVIII, éramos uma rota da Estrada Real, ligando as Minas Gerais à Cidade da Bahia, para daí embarcar o ouro e pedras preciosas da Colônia para servir de sustentáculo à Metrópole, para sustentar a corte de Lisboa.

Falava agora das lembranças da infância associadas ao Paraguaçu e nenhuma delas é tão viva quanto a de exatamente 50 anos atrás. Nessa mesma data, em 13 de março de 1960, Cachoeira estava praticamente submersa naquela que é sem exagero daquele garoto de cinco anos que a guardou na retina, senão a maior mas umas das maiores enchentes que esta cidade já viveu e sofreu. Aqui, embaixo, nas escadarias desse mesmo prédio tricentenário abrigaram-se dezenas de famílias, também assim o fora nas igrejas e escolas situadas em pontos altos, na Estação e no Ginásio. Cachoeira, qual uma Veneza barroca incrustada na paisagem colonial do Recôncavo, era tomada pelas águas do rio. A Enchente de 60 foi um marco que trouxe graves consequências, cruéis e devastadoras para a cidade, seu patrimônio e sua economia. A ela sucedeu-se um vertiginoso esvaziamento desta cidade.

São lembranças de uma época que muitos de nós, os que vivemos há mais de cinco décadas bem estimamos, porque assistimos no tempo seguinte à lenta agonia e a decadência econômica, pondo em risco nossos bens patrimoniais. À estagnação que se seguiu, veio também um certo encolhimento e Cachoeira foi posta numa espécie de redoma: este mesmo patrimônio, o casario colonial, seu acervo de bens imobiliários pareceu congelar no tempo e, contraditoria e repentinamente, o que aparentava ser atraso, transformou-se em fator de redenção décadas mais tarde. Mas, se Cachoeira entrou em um longo declínio, a esperança de nossa geração jamais decaiu. Acreditávamos sempre que através da cultura e do conhecimento, esta cidade voltaria a resgatar os seus tempos de glória. Tempos em que servia de referência para a Bahia e o Brasil. E a referência era o seu patrimônio. Esse mesmo que lhe possibilitou ser reconhecida como Cidade Monumento Nacional.

Este é mais um título que Cachoeira orgulhosamente ostenta. Em janeiro próximo completa-se 40 anos do decreto presidencial que assim definiu nossa cidade. É oportuno que o poder público local se mobilize junto a outras instâncias como os órgãos estaduais e federais que têm a missão de proteger o patrimônio material e imaterial, as instituições como a Fundação Pedro Calmon, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o IPAC e o SPHAN, a academia, os estudantes, os pesquisadores para realizar um evento comemorativo, que sirva de reflexão, serena e racional, sobre o futuro que queremos construir para esta cidade e traçar as suas diretrizes.

Quando da criação da Universidade Federal do Recôncavo – obtida e garantida durante o governo do Presidente Lula – Cachoeira estava a postos, com seu ainda formidável acervo de referências históricas, para ser a cidade símbolo da vertente humanista dessa academia. Orgulha-me ver nossas ruas e bares, ao entardecer, ocupadas por hordas de jovens, com suas vestes , hábitos e linguagens, após saírem das salas e laboratórios, a discutir nos jardins e praças, cinema e filosofia, artes e história, jornalismo e liberdade.

Esta fase presente, aliada ao seu glorioso passado, faz Cachoeira tornar-se candidata em potencial a receber nos próximos dias o título de Capital Cultural da Bahia.

O livre-pensar, atributo típico dos jovens, aliado à sistematização de conhecimentos, produz em todas as partes e épocas, avanços significativos para as sociedades. E assim caminha a juventude em Cachoeira ...

E muitos deles têm conseguido superar os obstáculos para obter acesso ao ensino superior somente graças às consistentes políticas de inclusão social com que nosso Brasil começa a reparar males causados a populações inteiras que foram marginalizadas ao longo da sua história.

Quando estive em África, durante um ano, a trabalho, conheci e vivenciei o dia a dia doloroso e muitas vezes cruel de uma parte da população negra. Em Angola, de onde vieram em grande número legiões de escravos maltrapilhos e famintos que aqui na região foram usados nas lavouras da cana e do fumo, nos engenhos e nos armazéns de fabrico, conheci uma gente irmã e uma paisagem humana parecida com a do Brasil, a da Bahia, a de Cachoeira. Ambos, os negros e negras de Angola e os de nossa terra têm antepassados comuns. Em comum também, a tragédia da escravidão, a nódoa maior da história do nosso país.

Essa mesmo história do Brasil, repito, que passa por Cachoeira. Desde os tempos coloniais, dos engenhos que geravam o açúcar, parte da riqueza que abastecia a Metrópole Portuguesa e, internamente, só beneficiava a elite escravocrata. E na luta contra esse sistema concentrador e excludente, profundamente injusto e impiedoso para com a população negra e pobre, destacou-se um cachoeirano, de quem muito deveríamos nos orgulhar de ser conterrâneos e que estranhamente pouco ou quase nada conhecemos: André Rebouças. Ele que foi considerado por Joaquim Nabuco “o mais universal homem que conhecera” é infelizmente pouco conhecido até em Cachoeira. Radical em seu abolicionismo, pacifista, engenheiro e empreendedor ocupado sempre em iniciativas voltadas ao bem comum, André Rebouças sofreu em sua pele negra o odioso golpe do racismo, mas jamais desistiu. Contrariou e enfrentou na atividade empresarial poderosos e mercenários interesses. Cachoeira deve a esse homem de idéias humanistas e ações consequentes, pelo menos um busto em praça pública. Seu nome deveria ser cultuado nas escolas, e deveria ser ensinado às crianças e aos jovens dessa cidade que um de nossos conterrâneos pregou que sem Justiça não há Paz e que a libertação dos escravos, sem uma imediata reforma agrária – e aqui abro um parêntese para dizer que é dele a frase quem tem a terra, tem o homem - e sem a garantia de uma educação pública e de qualidade para adultos e crianças, os negros no Brasil continuariam condenados à miséria e à marginalidade. Infelizmente foi o que se viu nesse país. Somente com as atuais políticas de reparação é que o sonho e o legado de André Rebouças estão sendo realizados.

Este é um momento sublime não apenas para mim, modesto escriba e incurável curioso sobre fatos da história dessa cidade, cujas ruas me viram menino, como no dizer de um poeta. E são tantos os poetas, daqui e de outros cantos, que se rendem aos encantos de Cachoeira ... Permitam-me citar apenas um deles, mas que bem representa a totalidade. Trata-se de um mago das palavras, inexcedível em seu amor por esta terra. Cachoeira não teve a ventura de ser o seu berço natural, mas foi ele quem escolheu essa terra para viver, para criar, para dar vazão ao seu talento e para empreender cultura. Aqui ele fez o seu pouso, o pouso da sua palavra e de sua emoção incontida. Damário da Cruz é seu nome. Ora adoentado, receba Damário, o abraço solidário e toda a sinergia dos cachoeiranos para ajudá-lo a superar as vicissitudes da vida. Todos que o conhecemos e o amamos, compartilhamos de sua luta. Cachoeira lhe acolheu Damário e lhe tem como filho, pelo muito que fizestes, tem feito e ainda fará pela cultura dessa cidade. Sabemos que ele não é afeito a homenagens, mas é forçoso reconhecer o simbolismo delas, para servir como bálsamo que alivia, as horas de dificuldades e de dor.

Aos meus saudosos pais, que as gerações mais velhas conheceram, o Sr. Souza, coletor estadual e Dona Gisélia, membro da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, agradeço ter sido trazido ainda no braço, para Cachoeira, de onde saí na adolescência mas de onde nunca me afastei. Casei-me com Ana, ligada por laços aos familiares de um dos mais notáveis cachoeiranos, o Mastro Tranquilino Bastos, fundador da Lyra Ceciliana e autor do Hino da Cachoeira.

Tranquilino Bastos é um dos muitos cachoeiranos que honram nossa história. Artista talentoso, formador de várias gerações de músicos baianos e compositor profícuo - teve obras executadas até na Alemanha – que criou mais de 800 composições,entre músicas sacras e para banda. São dobrados, valsas, missas e outras peças que compõem este acervo, adquirido há trinta anos pelo Governo do Estado, e hoje encontra-se no Setor de Obras Raras da Biblioteca Central, onde está disponível para pesquisadores. Ainda este ano, esperamos lançar O SEMEADOR DE ORQESTRAS , a biografia desse homem que na noite de 13 de Maio de 1888 desfilou pelas ruas de Cachoeira à frente de uma multidão comemorando a assinatura da Lei Áurea, o fim, apenas formal, mas o fim da escravidão no Brasil. Em 1922 , por ocasião do Centenário do 25 de Junho, Tranquilino brinda a sua cidade com a maior de suas criações artísticas : O Hino da Cachoeira, que recebeu a pincelada final do poeta Sabino de Campos. Ambos esculpiram a melodia e a letra dessa composição que sempre arrebata de emoção o coração dos cachoeiranos.

Se no passado, temos tantas referências históricas, a esperança do futuro é um germe inquieto nas mentes e corações dos mais jovens. Por isso mesmo, saúdo daqui os meus filhos, filhos Diego e Desirèe, que desde pequenos aprenderam a conhecer, amar e cultuar Cachoeira. Dizem que quem sai aos seus não degenera … e como também acredito piamente no melhoramento das espécies, creio que os jovens cachoeiranos carregam a esperança de fazer pelo futuro de Cachoeira muito mais e melhor do que nossa geração fez futuro de Cachoeira.


Mas dizia, antes dessa deliciosa digressão sobre a minha ligação com Cachoeira, que estar aqui é também importante para a história de uma geração de cachoeiranos que tem sabido exercitar, cada um de uma maneira peculiar mas todos igualmente fervorosos, o amor a esta cidade, ao ambiente histórico que permeia a sua existência. Que cultiva e exalta seus valores maiores como a Irmandade da Boa Morte e as Festas do Rosário, da Ajuda e do Monte, ora religiosas e ora profanas, seus terreiros de cultos afro-brasileiros, sua culinária benfazeja, a alegria e a criatividade de sua gente, seus segredos guardados em documentos e monumentos... enfim a Cachoeira que amamos é uma só, bela mas infelizmente, às vezes maltratada, como demonstram o estado de seus rios. O Caquende e o Pitanga outrora piscosos e correntes, hoje transformados em quase esgotos a céu aberto, com suas margens ocupadas indevidamente, recebendo dejetos, e seus leitos assoreados. Mas nunca é demais sonhar em virar esse jogo: retirar os esgotos e recuperar as suas margens. Mas isso pode e deve ser sonhado juntos, principalmente, mas não apenas, pelos jovens, motores das transformações sociais, políticas e econômicas. E obviamente ambientais. Todos somos responsáveis ! .

Ainda embevecido por essa oportunidade que os senhores me deram, agradeço a todos aqui presentes, amigos e conterrâneos , especialmente à minha querida amiga e colega jornalista Alzira Costa. Com ela e com muitos outros de nossa geração, como Manuca Passos Pereira, Luiz Cachoeira, Gildete Calumby, Zezinho Lopes, Zé Pinheiro, Cal Passos, Lídice da Mata, Enéas Rocha e muitos outros aqui presentes, lutamos ombro a ombro, combatendo o bom combate : pela liberdade e pela democracia no Brasil, causa que a nossa geração deu seu modesto, porém valioso, contributo. Democracia que não se faz sem o contraditório, sem o debate e sem a crítica livre. Essas, muitas vezes eventualmente podem parecer injustas. Mas justas ou injustas, necessárias, elas sempre serão. Sabemos todos que muitas vezes podemos enxergar excessos em um ou noutro cronista que se ocupe do cotidiano, às vezes perturbado, do panorama político de nossa cidade, de nosso estado e de nosso país. Mas todos, quem critica e quem é criticado, devemos cultivar a responsabilidade de nossos respectivos papéis: respeito e tolerância, de ambas as partes são exigências para o convívio civilizado. Quem exerce funções públicas deve procurar conviver pacificamente com todos, até com quem diz coisas nem sempre agradáveis ou eventualmente injustas. Vamos, por direito, contestar nos canais próprios o que achamos inverdades, mas jamais tentar impedir, ou agredir o direito à livre manifestação.

Por isso mesmo, pemitam-me senhoras e senhores, homenagear outro cachoeirano, jornalista de outra época. Evoco aqui a figura de Ernesto Simões Filho, que nasceu ali no Largo do Monte, em casa vizinha à do Maestro Tranquilino Bastos. Fundador de A Tarde, Simões Filho envolveu-se com paixão e ardor nas lutas políticas de seu tempo. Eleito deputado federal, a Revolução de 1930, que citei agora há pouco, o prendeu e o exilou em Portugal. Anistiado, voltou à trincheira de sua luta política, à tribuna , ao batente e às oficinas do jornal, para liderar campanhas memoráveis em defesa da Bahia e da democracia. Novamente foi exilado e novamente voltou para sua luta, para lutar. Num desses retornos do exílio, veio visitar a sua terra, ele que saíra de Cachoeira rapazinho para ir estudar em Salvador, fez questão de saudar o Maestro Bastos , que fora amigo de seu pai. Já ancião, Tranquilino Bastos assim registrou com orgulho em seu diário no ano de 1934: “Hoje veio me visitar o Dr. Simões Filho”.

Mais tarde, com a redemocratização do país, Simões Filho veio a ser Ministro da Educação no segundo Governo de Getúlio Vargas, o mesmo homem que liderara a Revolução que o perseguira duas décadas atrás. Sua atuação à frente da pasta foi bastante condicionada pela tramitação, no Congresso, do projeto de lei sobre Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que desde 1946 vinha ocupando grande espaço nas discussões sobre o assunto no país (e continuaria a ocupar até 1961, quando seria finalmente aprovada). Ainda em 1951, foi criada no âmbito da sua pasta a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior, a CAPES, que regula o modelo de extensão universitária.


Pois bem, Era o ano de 1953 e o cachoeirano Ministro da Educação muito se empenhou para que sua cidade natal tivesse um estabelecimento de ensino modelar para a época: o Ginásio da Cachoeira, que viria a ser inaugurado quando ele já não era mais ministro. Em um momento oportuno terei a honra de passar às mãos do prefeito ou do Secretário de Cultura – para fazer parte do acervo iconográfico dessa cidade - fotografias que mostram Simões Filho e o então Governador Régis Pacheco em visita a Cachoeira no dia festivo para a inauguração do Ginásio, há 56 anos ! Há muito a fazer em Cachoeira para homenagear e honrar o legado de Simões Filho, como por exemplo , implantar nessa cidade, a terra de Simões Filho, o Museu da Imprensa, pois aqui desde a época da Independência vicejaram centenas de jornais, desde O Independente Constitucional, criado em 1823, em plena guerra, com tipos e máquina mandados vir do Rio de Janeiro pelo próprio Príncipe Dom Pedro de Alcântara, que acabara de proclamar o Brasil independente.
Simões Filho foi um jornalista destemido, político visceral e um cachoeirano que fez história ao renovar o jornalismo brasileiro com seu espírito empreendedor. Com ele inicia-se a fase em que os jornais deixam de ser feitos quase amadoristicamente, para se tornarem empresas; ele deu dimensão empresarial ao seu jornal e o resultado está aí; a Bahia tem uma das mais bem sucedidas empresas exclusivamente jornalísticas desse país. A Tarde, às vésperas de completar 100 anos, é fiel ao ideário de Simões Filho. Moderno e eficiente. E sempre a serviço da Bahia.

Há, entre muitos, um episódio de sua vida, bastante elucidador de seu caráter e de sua generosidade. Polêmico, odiado por uns e amado por muitos, obviamente não esteve a salvo de incompreensões. E num dia, encontra-se frente a frente com um grupo de estudantes exaltados que atacavam as suas idéias e o que ele representava. Cercado pela turba que gritava MORRA SIMÕES FILHO ! ele respondeu, fazendo coro às palavras de ordem dos estudantes exaltados, mas emendando : MORRA SIMÕES FILHO … MAS VIVA A BAHIA ! Desconsertados, os que o apupavam ferozmente, logo o aplaudiram. Assim foi a lição de tolerância, desse grande cachoeirano, que entrou para os anais da imprensa brasileira. A personalidade do jornalista e a linha editorial do jornal que criou eram extensões mútuas uma da outra.

A receita que Simões Filho utilizou está contida no ensinamento máximo do filósofo que citei no início dessa fala . Voltaire nos ensinou a máxima:

NÃO CONCORDO COM UMA SÓ PALAVRA DO QUE DIZEIS MAS DEFENDO ATÉ A MORTE O VOSSO DIREITO DE DIZE-LA.

Encerro aqui este louvor a Cachoeira apelando para que este passado valioso que aqui modestamente rascunhei, sirva a todos nós os atores sociais, indistintamente, como ferramenta para fixar os alicerces da construção de um futuro magnífico, pois … CACHOEIRA , SEU NOME É HISTÓRIA !

Muito Obrigado e VIVA CACHOEIRA !