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terça-feira, 3 de maio de 2011

Atacante viaja quatro dias desde Tocantins para tentar a sorte no Metropolitano

Jairo, o xodó do Metropolitano chegou a Blumenau movido a pastel.


Jairo teve de superar mais uma dificuldade na última madrugada. Depois de marcar o gol da vitória do Metropolitano sobre o Brusque, que assegurou a permanência do clube na elite estadual e o classificou à Série D do Brasileiro, o atacante de 20 anos não conseguiu deitar a cabeça no travesseiro e dormir.

Só pelas 2h, pegou no sono. Mas não por muito tempo. Às sete horas já estava de pé. O dia prometia. Rendeu distribuição de autógrafos e fotos com torcedores no almoço.

Tímido, sofreu com a fama repentina. Dificuldade que não é nada perto do que o novo xodó da torcida verde já enfrentou. Como muitos garotos que tentam a vida de jogador profissional, Jairo abandonou a casa dos pais, em Cachoeira, interior da Bahia. Aos 18 anos, o garoto que só havia jogado na várzea transferiu-se para as categorias de base do Palmas, time da segunda divisão de Tocantins.

Ganhou oportunidades, destacou-se. Mas ainda era pouco. A amizade entre o treinador do Palmas e o preparador de goleiros do Metrô, Austrália, acabou fazendo com que o garoto viesse parar em Blumenau.

Recebeu o convite para um teste no Verdão, mas como não tinha dinheiro para a passagem, improvisou. Jogou quatro partidas pelo TDB, time amador de Palmas, onde faturou o dinheiro para a viagem (cerca de R$ 400). Embarcou num ônibus na capital do Tocantins às 19h30min de 20 de novembro de 2010 para quatro dias de viagem, 2,3 mil quilômetros, rumo a Blumenau. Com o dinheiro praticamente contadinho, nas paradas só se alimentava com pastel, coxinha e refrigerante.

_ Tinha hora que não descia mais. Só que era o que dava para comprar _ recordou, com imensa dificuldade para encarar um quitute de uma tradicional pastelaria de Blumenau.

A grana curta também exigiu escolhas duras:
_ Era tomar banho ou comer. Passar fome não dava, né?

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